Educação

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

    Creche


A creche foi criada em 1844 na frança, muito depois da criação da escola para crianças mais velha. O seu objetivo, naquele tempo, era estritamente assistencialista já que a mortalidade infantil era muito grande. A expansão da creche através do mundo se deu após os avanços científicos que permitiram  amamentação artificial.
No Brasil a creche chegou à década de 1870 e apesar da idéia sempre estar vinculada a educação, na pratica, as creches funcionavam como depósitos, de crianças de família pobres, onde as mães precisavam trabalhar
A administração das creches sempre esteve vinculada as questões de saúde e bem estar, somente em 1967 as creches passaram a fazer parte do currículo do ministério da educação.
Na década de 1980 a luta por creches e pré-escola publica de qualidade se confundia com a luta por uma transformação social. O grande aumento do ingresso de mulheres mais pobres e de classes média em busca por vagas para crianças de 0 a6 anos e a educação formal para crianças nesta faixa etária foi ganhando legitimidade.
Ainda na década de1980, houve uma grande polemica entre cuidar e educar dentro das creches, como se o simples fato de cuidar da criança inferiorizasse o trabalho do educador. Por conta disso, ainda hoje nos deparamos com professores que se recusam a trocar fraldas, dar banho, comida, etc... Essas idéias foram repetidas na década de 1990 onde o cuidar e o educar começam a ser visto como fazeres inseparáveis na educação infantil.
Nessa década, mais precisamente em 1996, com a promulgação da LDB 9394/96, a educação para crianças de 0 a6 anos passa a fazer parte do sistema educacional brasileiro como primeira parte da educação básica.
Muito ainda precisa ser avançado para se colocar em prática a verdadeira educação para crianças nessa faixa etária, porem com as leis e os recursos necessários as creches é hoje um direito legitimo do cidadão brasileiro.

v     Formação pessoal e social refere-se às experiências que favorecem, prioritariamente, a construção do sujeito. Está organizado de forma a explicitar as complexas questões que envolvem o desenvolvimento de capacidade de natureza global e afetiva das crianças e seus esquemas simbólicos de interação com o outro e com o meio e já no âmbito de conhecimento de mundo refere-se á construção das diferentes linguagens pelas crianças e as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento.
v     Identidade e autonomia
O desenvolvimento da identidade e autonomia está intimamente relacionado com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a  ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para  que o reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas sejam valorizada e aproveitadas, para o enriquecimento de si próprio.
Isto pode ocorrer nas instituições da educação infantil que se constituem, por excelência, em espaço de socialização, pois propiciam o contato, e o confronto com adulto e crianças de várias origens socioculturais de diferentes religiões e etnias costumes, hábitos e valores.



v     Linguagem
Desde o nascimento, os bebês emitem sons, eles riem, choram e emitem sons que parecem com a fala. Tanto Piaget quanto Vygotsky trabalham com a linguagem, porém com concepções diferentes. Para Piaget a linguagem se dá de dentro para fora, já Vygotsky defende que esse processo se dá de fora para dentro.Para Piaget só existem duas categorias de linguagem:
A linguagem não comunicativa ou egocêntrica, dividida em:Repetição; Monólogo;Monólogo a dois, ou seja, coletivo.A linguagem comunicativa ou socializadora.A criança nasce no meio falante e   se apropria desta língua.Para aprender uma língua, os bebês precisam aprender a distinguir os sons básicos da fala:Fonemas, sons únicos que podem ser unidos para formar palavras, o são os blocos básicos construtores da linguagem;O primeiro passo para concepção da fala é ouvir fonemas individuais;Sílabas, para distinção das palavras a acentuação tônica é uma pista importante as crianças repetem sempre a sílaba, mais forte As crianças não entendem o significado das palavras, apenas reconhecem.Na fala dirigida ao bebê, os adultos falam devagar e com alterações exageradas de altura e volume, isso ajuda-os a perceber os sons que são fundamentais para a sua língua. 2 meses – arrulho:Sons vocálicos como: “ooooooooo” ou “ahhhhh”5 ou 6 meses – balbucio:Sons semelhantes à fala, mas sem significado: “bá” ou “dá”7 ou 8 meses - balbucio com entonação:padrão de altura crescente ou decrescente Crianças surdas “balbuciam” na linguagem de sinais.Mamã” e “Papá” são as prováveis primeiras palavras e ainda outras como: animais, comida e brinquedos;Os bebês entendem que as palavras são símbolos;Os gestos são símbolos que as crianças usam para se comunicar; Gestos e palavras refletem a habilidadecrescente da criança de utilizar símbolos para representar ações e objetos.Mapeamento rápido é a habilidade das crianças de ligar novas palavras a referentes, de modo tão rápido que podem não estar considerando todos os possíveis significados para a nova palavra. As estratégias utilizadas pelas crianças para o mapeamento rápido são:Atenção simultânea;Restrições aplicadas aos nomes;Pistas encontradas nas frases;Erros de denominação:Subextensão: definir uma palavra de forma muito estreita;Superextensão: definir uma palavra de forma muito ampla.Estilo referencial: seus vocabulários consistem sobretudo em palavras que nomeiam objetos, pessoas ou ações;Estilo expressivo: seus vocabulários incluem muitas frases sociais que são utilizadas como uma única palavra, como “vá embora”, “o que você quer” e “eu quero”;a linguagem é sobretudo uma ferramenta intelectual, para as crianças referenciais e uma ferramenta social para as crianças expressivas;a maioria das crianças funde os dois estilos de aprendizado de linguagem.
v     Esquemas: estruturas psicológicas que organizam a experiência;
Assimilação: incorporação de novas experiências aos esquemas existentes;
Acomodação: modificação dos esquemas em função da experiência;
Equilibração: reorganização dos esquemas para retornar ao estado de equilíbrio.
Por volta dos 3 a 4 meses os bebês já aprenderam que os objetos se movem ao longo de caminhos ligados, contínuos e que não se movem “através” de outros objetos;
v     A concepção inatista traz a idéia de que o desenvolvimento humano é determinado basicamente por fatores biológicos. Parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e /ou importantes para o desenvolvimento. Já a visão ambientalista traz a plasticidade do ser humano de se adaptar a diferentes condições de existência, aprendendo novos comportamentos, desde que existam certas condições favoráveis.
v     Na concepção sócio-interacionista as crianças dependem do outro ser humano, uma vez que esta não está pronta ao nascer, de forma que adquire maturidade em contato com o meio. O adulto assume importante pápeis no desenvolvimento dessas crianças, sendo que todos os seus atos se refletirão diretamente sobre elas.
v     Interacionista defende que o processo de desenvolvimento da criança depende do ambiente e do seu biológico, pois, os dois elementos não podem ser separados, A criança está sempre em contato com o meio gerando mudanças em si e no mundo a partir de experiências adquiridas com os outros indivíduos ou dos seus padrões inatos.

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