Poesia
Matemática
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente
apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu
olhar inumerável
e viu-a, do Ápice à
Base,
uma figura ímpar:
olhos rombóides,
boca trapezóide,
corpo octogonal,
seios esferóides.
Fez da sua uma vida
paralela à dela
até que se
encontraram
no infinito.
“Quem és tu?”,
indagou ele
em ânsia radical.
“Sou a soma dos
quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar
de Hipotenusa.”
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